segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Santa Faustina ensina...



"Nos momentos de dúvida, ou quando a alma está fraca, que peça a Jesus que Ele mesmo atue; embora saiba que deve agir pela Graça de Deus, em certos momentos, deixe toda atividade a Deus" 
( Diário de Santa Faustina 1179)


Roguemos ao Espírito Santo para que se digne nos enviar suas luzes e que nos dê sua especial direção em certos assuntos e situações que sofremos, ou presenciamos. que Ele mesmo atue nas dúvidas do agir, do falar, do denunciar, do conviver...
Que ao presenciar os erros dos outros eu me policie para não cometê-los, sob a ação do Espírito de Deus.
Solicitemos também a intercessão da Virgem Maria e de nosso Santo Anjo da Guarda.

Abraços fraternos
Eliane Ancillotti
Anunciadora da Misericórdia

sábado, 29 de janeiro de 2011

Vamos rezar...



Acalme meu passo, Senhor!

"Desacelere as batidas do meu coração, acalmando minha mente.
Diminua meu ritmo apressado com uma visão da eternidade do tempo.
Em meio às confusões do dia a dia, dê-me a tranqüilidade das montanhas.
Retire a tensão dos meus músculos e nervos com a música tranqüilizante
dos rios de águas constantes que vivem em minhas lembranças.
Ajude-me a conhecer o poder mágico e reparador do sono.

Ensina-me a arte de tirar pequenas férias:
reduzir o meu ritmo
para contemplar uma flor,
papear com um amigo,
afagar uma criança,
ler um poema,
ouvir uma música preferida.

Acalme meu passo, Senhor, para que eu possa perceber no meio do
incessante labor cotidiano dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou
desalentos, a Tua presença constante no meu coração.

Acalme meu passo, Senhor,
para que eu possa entoar
o cântico da esperança,
sorrir para o meu próximo
e calar-me para escutar a Tua voz.

Acalme meu passo, Senhor, e inspire-me a enterrar minhas raízes no solo
dos valores duradouros da vida, para que eu possa crescer no caminho
para a Vida Eterna.

Obrigado Senhor, pelo dia de hoje, pela família que me deste, meu
trabalho, pelas oportunidades a vida de santidade e sobretudo pela Tua presença em minha vida."


Quero dividir contigo esta oração, pois a vida já  nos força a um ritmo alucinante, e nós precisamos aprender a desacelerar para valorizar aquilo que é mais importante: Jesus e seu Amor incodicional por cada um de nós! 
Confie e o mais Ele mesmo fará.

Abraços fraternos
Eliane Ancillotti
Anunciadora da Misericórdia

sábado, 15 de janeiro de 2011

As lições que aprendi com o lápis

 Certa vez, alguém, bem inspirado, disse que a vida é um eterno aprendizado, no qual os dias sempre surgem como a oportunidade de aprendermos novas lições. Nestes dias, por exemplo, tenho sido particularmente sugerido por alguns ensinamentos do lápis. Inicialmente, fiquei fascinado com uma frase de Madre Teresa de Calcutá, que olhando para sua vocação, conclui: “Não sou nada, senão um instrumento, um pequeno lápis nas mãos do meu Senhor, com o qual Ele escreve aquilo que deseja”. Quando me deparei diante desse fragmento, fiquei surpreso por encontrar tantas lições veladas em um simples objeto, lições importantes que, se bem aprendidas, nos sugerem uma gama de significados para a nossa vida, nossa história, nossa vocação.

Não gostaria de ser metódico ao discorrer sobre os ensinamentos apresentados pelo lápis, contudo, penso que inevitavelmente o serei, pelo desejo de juntos explorarmos sua riqueza, tal como o garimpeiro se dispõe quando encontra uma mina. Com o lápis aprendemos 1º : a lição da confiança e do abandono em Deus. Ele nos sugere que podemos fazer grandes coisas, mas não devemos nos esquecer de que existe uma Mão que guia nossos passos, uma Mão que deseja nos conduzir. É preciso nos submetermos a essa Mão, deixando-nos ser conduzidos e orientados por ela, ainda que não seja do modo como gostaríamos que fosse. Um lápis, sem uma mão que o tome e o oriente, não tem muito sentido.
2ª lição:  na vida da gente, depois de algum tempo tempo, precisamos ser apontados. Passar pelo apontador não deve ser muito agradável ao lápis, mas para que a ponta fique evidente e apropriada para a escrita, ele precisa se deixar cortar. E deixar-se "cortar na carne". É bem verdade que temos medo do "apontador", e isso acontece porque sabemos que afiar a ponta significa quase sempre cortar excessos, aparar o que está sobrando, tirar o que não precisamos mais, e isso é muito difícil, embora seja necessário para o nosso crescimento. A beleza escondida nessa lição nos leva a uma 3ª : ao passar pelo apontador, o lápis foi cortado em sua parte externa, mas também em seu interior. O grafite também foi modelado, renovado. Passou por um processo educador, porque educar, ex-ducere, quer dizer, em latim, "evocar a verdade"; tirar, extrair, trazer para fora o novo. O que realmente importa no lápis, não é simplesmente a madeira ou seu aspecto externo, mas sobretudo, o grafite que está dentro. Para que a escrita fique perfeita, a ponta precisa ser feita por inteiro, daí a importância do cuidado com aquilo que acontece em nosso interior.
4ª lição: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. A necessidade da borracha nos faz abandonar atitudes e vícios, nos faz mudar comportamentos, mentalidade, convicções... E nos faz olhar em outras direções, pedir perdão, voltar atrás, recomeçar, superar o egoísmo e a autossuficiência. É interessante como, de um modo admirável, o lápis nos ensina a necessidade que temos da "borracha" quando estamos diante do erro.
Finalmente, a 5ª lição é que o lápis sempre deixa uma marca. Tudo o que fazemos, de algum modo, marca as pessoas, e marca, sobretudo, nós mesmos. A qualidade dessas marcas sempre resulta das escolhas que fazemos diante daquelas outras lições. É preciso deixar as boas marcas para as quais o lápis foi gerado. Se ainda não as [boas marcas] deixamos, é tempo de recomeçar. É tempo de escrevermos uma nova história. É preciso, tal como o lápis, nos abandonarmos. O tempo é agora. O tempo é neste dia que se chama HOJE. Um Bom Mestre está sentado à mesa e à Sua frente há um lápis, um apontador, uma borracha e uma folha em branco assinada. Ele olha para a folha, toma o lápis em Sua  Mão e concorda com Santo Agostinho dizendo: “Ter fé, isto é, se abandonar, é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela com o lápis da nossa vida o que quiser”.

Seu irmão, Jerônimo Lauricio (Discipulado 2011 - CN)

Amei este texto e achei interessante partilhar contigo!
Quero dedicá-lo ao meu filho BERNARDO, que há 10 anos alegra minha vida. Filho EU TE AMO!!!!!!!!!!!!!!!
Eliane Ancillotti
Anunciadora da Misericórdia

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bifurcação adiante

"O dom da fala foi concedido aos homens não para que eles enganassem uns aos outros, 
mas sim para que expressassem seus pensamentos uns aos outros."
(Santo Agostinho)

Lendo esta frase de Santo Agostinho me vejo diante de dois caminhos - o caminho do falar e o caminho do silenciar
Quanta prudência e oração deve ser aplicada para se saber que caminho tomar e quando tomar!
Me recordo agora de um trecho do Diário de Santa Faustina (153):

"Um dia vi duas estradas: Uma estrada larga, atapetada de areia e flores, cheia de alegria e de música e de vários prazeres. As pessoas caminhavam por esta estrada dançando e divertindo-se - estavam chegando ao fim, sem se aperceberem disso. E, no final desta estrada, havia um enorme precipício, ou seja, o abismo do inferno. Essas almas caíam às cegas na voragem desse abismo; à medida que iam chegando, assim tombavam. E seu número era tão grande que não era possível contá-las. E avistei uma outra estrada, ou antes uma vereda, porque era estreita e cheia de espinhos e de pedras, por onde as pessoas seguiam com lágrimas nos olhos e sofrendo dores diversas. Uns tropeçavam e caíam por cima dessas pedras, mas logo se levantavam e iam adiante. E no final da estrada havia um magnífico jardim, repleto de todos os tipos de felicidade e aí entravam todas essas almas. Já no primeiro momento, esqueciam de seus sofrimentos"


Podemos pensar que estamos no caminho certo e acabarmos caindo no precipício, como podemos pensar que estamos no caminho errado e acabarmos no céu.
Falar tudo a todo tempo não faz bem, mas silenciar tudo e a todo tempo também não, será?!
Nem  sempre as pessoas estão a fim de escutar, nem sempre somos compreendidos no 'que' falamos ou no 'porque' falamos. As vezes falamos bobagens, em outras a mais pura verdade! As vezes queremos enganar o outro, construir ou destruir imagens, pessoas; fazer com que aqueles que nos ouvem acreditem cegamente no que dizemos. Falar me cansou, porque de nada adiantou (até rimou!).
O fato é que hoje tenho muitas coisas a falar, mas o Senhor não me conduz neste sentido, mas sim no sentido do silêncio. Ele mesmo suscitará outros que possam e devam falar.
Longe de ser algo fácil para mim, silenciar é necessário. A porta estreita, a vereda, o caminho de dores e sofrimentos, limiar da omissão, caminho de tropeços e quedas, mas também de ir adiante. Mas caminho que agora me conduz para os braços do Senhor Jesus, na oração de louvor, intercessão, de súplica por aqueles que agora falam, por aqueles que agora escutam...
Quero louvar e bendizer a Nosso Senhor que me conduz, que fala dentro do meu coração, que me permite discernir tentações e me ajuda a fugir delas. 

Aguardo seu comentário e suas experiências.
Eliane Ancillotti
Anunciadora da Misericórdia.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Entre amigos...



ENTRE AMIGOS
12 de abril de 1999


"Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.
Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém."


Sou fã de textos e frases que, aparentemente, não tem em si uma inspiração Divina.
A autora deste, Martha Medeiros, me conquistou com suas reflexões.

Fui criada por meus pais de forma muito intensa e simples. E uma das coisas que eles me ensinaram é dar valor a amizades, a fazer e manter verdadeiros amigos. Ser solícita sempre, sempre presente, ser ombro sempre; mais do que querer ser atendida, do que querer presença, do que querer ombro! 
E com o caminhar da vida, com as lutas, com as decepções, experimentei e ouvi muitas falas que contrariam este ensinamento dos meus pais, me senti tentada a achar que tudo que aprendi e vivi sobre a amizade é bobagem, que amizade é algo secundário, fútil, até inútil.
Porém semana passada ouvi algo que veio como uma grande resposta Divina para mim:
 
" Quer saber como anda sua amizade com Deus?
Veja como está sua amizade com os homens!"

Dou muito valor as amizades que faço e tenho. 
Algumas duram há anos, mais de 20; até tenho algumas que estão distantes, mas que considero amigos, não colegas ou conhecidos, AMIGOS. 
Minha família me ensinou este valor, e é mesmo um valor!
Crie e cultive amigos verdadeiros: pessoas que lhe são simpáticas ou antipáticas, próximas ou distantes! 
Pratique obras de Misericórdia com eles: vista os que estão nús, alimente os famintos, mate a sede, acolha, aconselhe, reze por eles e com eles, ensine, corrija, perdoe, suporte-os, visite-os...
Crie e cultive sua amizade com Nosso Senhor Jesus Cristo através deles também.
Reze.
Analise como andam as suas amizades, principalmente aquelas que te levam para Deus. Mas também não deixe de lado aqueles que hoje andam distantes de Deus, talvez voce seja o único elo que eles ainda tenham com o Senhor. Testemunhe!
Lembremos-nos do 1º mandamento da Lei de Deus: "Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo." Não precisamos alimentar carências vãs do outros, porém a falta de amor, a carência de amor, o Senhor mesmo nos manda (mandamento!) suprir.
Amar não é tarefa fácil, mas necessária e urgente. É decisão!

1 JO 4: 7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. 10 Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados. 11 Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito.

Abraços e beijos carinhosos aos meus amigos de ontem, de hoje e de amanhã. Perdoem minha ausência, os contratestemunhos que dei, enfim me perdoem!

Eliane Ancillotti (Entre amigos: LIU!)
Anunciadora da Misericórdia