quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dedico este post ao meus amigos, aos amigos dos meus amigos...

ENTRE AMIGOS (12 de abril de 1999)

"Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.
Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão.
Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém".
 (Martha Medeiros)


Este texto da Martha já esteve aqui por este blog, mas fiz questão de trazê-lo de novo no dia de hoje.
Penso ser um texto que explica de forma coloquial e clara, cheia de simbolismos e de vedades, uma relação de verdadeira amizade.
Concordo quando ela diz que 'duas dúzias de amigos assim ninguém tem', porque amigos de verdade, são raros e poucos, mas quem os tem sabe, ou no mínimo precisa dar valor!
Machado de Assis diz que 'amigo não é aquele que alardeia a amizade: é traficante; amizade sente-se, não se diz'
Com o tempo, aprendi que a mim basta ter este sentimento nobre por alguém sem  pedir retorno, porque fatalmente chega a decepção, como chegou!
Então cada um cuide dos sentimentos que nutre por amigos, antigos, novos, perdidos ou ainda desconhecidos.
Hoje o que posso, e já comecei a fazer, é rezar por todos os amigos e 'amigos' que já passaram por minha vida, pedindo toda sorte de Graças e Bençãos na vida de cada um (a)...
Dedico a reza do Rosário, a Santa Missa e as demais orações a voces TODOS!

Feliz dia do amigo!
Abraços fraternos
Eliane Ancillotti
Anunciadora e amiga de Jesus Misericoridoso.

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